E hei de florescer no âmago de tua solidão
Brotando dos cantos mais improváveis de trevas e luz
E hei de brotar nas profundezas de um devaneio seu
Ou até mesmo nas beiradas de um só riso
E hei de me nutrir do teu solo em suspensão
Pois tua lamúria és também meu fardo
E hei de depositar em teu ventre uma semente
Para que tua casca pulse como teu coração fluido
E hei de partir junto à minha carapaça volúvel
Mas não sem ao menos ter sido amado uma única vez
E meus restos jazem nesta piscina solitária
Embora a minha essência transmutada em impressões
Nunca venha a deixar-lhe por completo
Por que eu também te amei
I.B.
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