John William Waterhouse
Hoje eu acordei só. Acordei eu. Sem um intruso em minhas entranhas. Apenas em devaneios tardios, de depois de abrir-me os olhos. Mais por estranhamento do que por uma aflição interior. Um vão misterioso pela frente, sem verdades (ou ilusões) construídas com raízes profundas. Apenas eu, solto e absorto com a minha falta de permanência.Um dente de leão à mercê de uma brisa e uma única promessa, daquelas efêmeras, sem compromissos: vou pousar na terra e depois um sopro qualquer há de me arrancar dali para outros pousos. Simplesmente porque hoje, eu acordei só.
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