quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pós-Moderno


Finalmente saiu daquele ateliê abafado e claustrofóbico. Exposição de arte. Arte proveniente de sua cabeça, de suas mãos, dedos, dedicação e o caralho a quatro. Havia uma moldura em branco na parede. Ninguém entendeu nada. Estavam concentrados e a expressão deles era de pura sabedoria, os entendidos. Uma criança não hesitou em dizer. As mãos de sua mãe não foram mais rápidas que sua boca e inocência. Inocência ou sinceridade? "O senhor se esqueceu de pintar esse quadro aqui." O artista baixou suas calças e cagou em suas próprias mãos. Jogou a merda toda naquela moldura em branco. Fedia.

I.B.

2 comentários:

Raquel Passos disse...

e o questionamento paira: é preferível foto ou vídeo, no meio disso tudo?

Leilane Carneiro disse...

estava lá ainda lucida no fim da festa, de repente surge um bebado no palco que estava sendo desmontado e solta: - dou duas caixas de cerveja se alguém vier aqui e contar a história do Beco...- ninguém fala..., ele começa a contar a história, até fala de candelária (personalidade para alguns), mas não continua e pergunta novamente, mas niguém se pronuncia, antes de sair ele fala: - vocês são tudo modistas.