...Calou-se e consentiu com a sentença. O réu olhou-a fixamente nos olhos contritos. Não pronunciou uma palavra sequer. Ele a condenara eternamente por aquela omissão aviltante. Desconcertado, estendeu as mãos ao juiz.
-Prenda-me! Não há mais nada a se averiguar nesse recinto. Me acuso culpado pelos meus pecados. Sou responsável pela minha humanidade!
Fim da sessão. O júri se desfez como formigas num banquete fresco e suculento. Alimentariam os fungos de sua toca, de sua sociedade hierárquica. O réu fora sentenciado: pena máxima.
-A justiça é criação do homem, por isso inexiste. Inexiste pois somos naturalmente injustos.
I.B.
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